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Leitor deste Blog manda um recado ao Corr.Noeval do TJPR -

Anônimo disse...

Corregedor Noeval-

O senhor ainda não apreendeu que apenas uma maçã podre pode estragar um saco inteiro delas?


Então o que se deve fazer:


1) Esconder esta maçã no meio das demais, para que ela não seja vista e acabe esquecida?


2)- Retirar o quanto antes esta maçã do meio das outras, para evitar a contaminação, usando todos os meios para isto?

Comparo esta atitude simples, de conhecimento de qualquer dona de casa, com o posicionamento daqueles que são contra a atuação completa do CNJ em relação a nosso Poder Judiciário.


Dentre tantos membros do Judiciário, composto por pessoas de diferentes carateres e condutas, será que é impossivel achar alguma "maçã podre"?


Anormal seria que todos os integrantes da magistratura fossem tão perfeitos e superiores aos demais seres humanos,que jamais se deixassem levar por suas tendências, jamais errassem, e jamais se deixassem corromper.


Se assim fosse todos os membros do Judiciário não mais estariam nos Fóruns, mas sim nos altares das Igrejas e Templos, venerados e adorados como se fossem Jesus Cristo ressurgido nos tempos modernos.


Então Noeval, se realmente o que o senhor quer é separar as maças podres, das úteis e integras, não contaminadas, deve mais é apoiar toda e qualquer iniciativa que ajude a coibir, evitar e punir quaisquer condutas aéticas e amorais dos membros do Judiciário.


O CNJ em sua atuação não ofende a ninguém, mas sim vem a somar com as atividades das Corregedorias Estaduais.
E isto não é bom?


Não se reclama que o Judiciário tem excesso de serviço?
Então por qual motivo querer cercear as atividades de um órgão que só vai colaborar , como já demonstrou em seu pouco tempo de existência, para mudar o Judiciário para melhor?


E quanto a existência de bandidos de toga, não é novidade para mim, para o senhor e para ninguém .

A novidade que queremos ver é a seguinte: Estes
delinquentes togados serem afastados de suas funções, e receberem as penas da lei.


Pense bem, Noeval!


Acha que esta sua atitude em não apoiar a Eliana é correta?


Hoje são outros tempos, queremos o Judiciário transparente.
O povo faz a sua parte cobrando, se mobilizando, até querendo propor alterações no Congresso.


E o Senhor, como pretende fazer a sua parte????????????
Escondendo maçãs podres ou tudo fazendo para conservar somente as que não se contaminaram?????????


Deixe a vaidade de lado, se acham que o senhor pode ser ladrão, e se o senhor não o for, esqueça e ore pelos que dão falso testemunho.


Se a acusação servir a alguém do Judiciário , lembrem-se desta citação de Chico Xavier:


"Ninguém pode começar de novo, mas qualquer um pode fazer um novo fim",


Que Deus ilumine a todos!


Que a Justiça pela qual clamamos triunfe cada vez mais!


Que chegue o dia em que todos que vistam uma toga saibam dignificá-la!

 

11 Outubro, 2011 13:34

Um comentário:

Anônimo disse...

Quem controla os controladores? 13/10/2011 | CLAUDIA Mª BARBOSA

Não se ouviu dos indignados que os punidos pelo CNJ eram inocentes, de onde se supõe que não o sejam. Se há excessos, estes devem ser investigados, mas não se pode culpar o Conselho por punir criminosos, com ou sem toga

Quem controla os controladores? A frase, atribuída ao poeta romano Juvenal no século II, ainda ecoa fortemente no Brasil do século 21. A reação do Conselho Nacional de Justiça, capitaneada por seu presidente, ministro Cezar Peluso, à declaração no dia anterior da também conselheira corregedora ministra Eliana Calmon, de que “há bandidos escondidos atrás de togas”, é prova disso.

O Conselho Nacional de Justiça fora concebido para ser um órgão de controle externo, da sociedade, sobre o Poder Judiciário, mas fortes reações contrárias acabaram por lhe dar o formato atual: um órgão de controle “entre pares” e administração da Justiça. Eis que investigações levadas a cabo pelo Conselho Nacional de Justiça identificam e punem, num universo de aproximadamente 16.400 magistrados, a atuação de pouco mais de 40 juízes e desembargadores que cometem no exercício da função atos criminosos.

A punição, necessária, ao invés da sensação do dever cumprido, causa indignação em alguns daqueles que deveriam aplaudi-la: juízes e desembargadores éticos, corretos e probos. O Judiciário é o responsável por julgar casos de corrupção que diariamente aparecem nos nossos jornais e, nessa atividade, controla a atuação de integrantes e servidores dos poderes Executivo e Legislativo.

Que mensagem transmite à sociedade quando se recusa ou dificulta a investigação sobre seus próprios membros? Afinal, quem controla os controladores? A maior ameaça à imagem do Poder Judiciário não é o reconhecimento de que possa haver entre seus membros pessoas inidôneas, mas a certeza de que possam agir sem que sobre elas haja um controle e punição eficazes.

A honra dos milhares de juízes que julgam com imparcialidade e atuam com honestidade, para reproduzir o texto da nota de desagravo do Conselho e pedindo licença para o uso da metáfora, está melhor guardada nas mãos de quem, sabendo existir uma maçã podre na árvore, retira a maçã para não deixar apodrecer a árvore. Essa é a função do controlador. É isso o que tem feito a corregedoria do Conselho Nacional de Justiça. Ignorar a maçã podre não salvará a árvore.

Não se ouviu dos indignados que os punidos pelo Conselho Nacional de Justiça eram inocentes, de onde se supõe que não o sejam. Se há excessos, estes devem ser investigados, mas não se pode culpar o Conselho por punir criminosos, com ou sem toga.

A impunidade talvez seja o pior dos males da sociedade brasileira, e o Judiciário é ainda a salvaguarda daqueles que, acreditando no Estado, a ele recorrem para ver seus direitos respeitados e aguardar a punição dos eventuais responsáveis. No momento em que a sociedade brasileira deixar de acreditar na Justiça, estará de volta a barbárie, a lei do mais forte. Tudo isso porque teremos deixado de acreditar no controle daqueles que eram encarregados de controlar.

Claudia Maria Barbosa é doutora em Direito, professora titular de Direito Constitucional da Pontifícia Universidade Católica do Paraná pesquisadora na Área de Política Judiciária e Administração da Justiça.