A Raiva dos Jovens!

http://www.gazetadenovo.com/ A primavera árabe e a forte crise econômica global, desemprego e desaceleração abriram uma janela de oportunidades para os jovens usarem a "arma mais terrível" já inventada pela homem, contra os governantes: a internet. Os jovens estão no limite, nenhum governante pode enganá-los mais. Eles sabem o que querem e querem agora. Hoje, um jovem de 18 anos tem mais informação que um cinquentão dos anos 90. O aspecto mais unificador entre os jovens é que a organização dessas revoltas e movimentos que tomam conta de todo o mundo não tem uma hierárquica relativa. Não existe qualquer “centrifugação de interesses”. É uma revolta "descentralizada", ninguém manda em ninguém e ninguém quer mandar em ninguém. Não há um líder para ser caçado para que qualquer governante estanque qualquer movimento. Embora os níveis de politização entre os que se revoltam variem muito, e os desejos idem, raiva é  expressada de forma coletiva. Sem egos e sem celebridades exercendo qualquer comando. Ninguém, mas ninguém entre os jovens, está disposto a tomar decisões. É um bloco que acaba formando uma onda que vai sendo empurrada a agir, quebrando, tomando e invadindo espaços. Saltando de país para país. De regimes autoritários para democracias e vice-versa. As elites ainda não entenderam que a fome pela mudança das bases, que sustentam a atual sociedade do mundo, significativa nos dias de hoje, para os jovens -  justamente  o maior desejo de que seja alterado os padrões - para um melhor  futuro do homem na terra. O homem não está satisfeito com o que cultivou. Historicamente, em qualquer país os jovens é que estão no centro dos protestos. E neste momento do mundo que estamos vendo um senso compartilhado de privação entre os jovens, um  sentimento comum de participar, de estar empregado, de consumir o que é ofertado em todas as mídias, é o que comanda os movimentos. As ofertas das novas tecnologias chegam imediatamente aos olhos e ouvidos dos jovens e eles querem obter, querem ter acesso, querem comprar. Em qualquer lugar com políticas econômicas favoráveis ou não intensificasse a influência dos  jovens que são afetados mais diretamente. São jovens à procura de emprego, de estudo e de novas  perspectivas e são a maioria entre todas as camadas de classes sociais. Usando  plataformas como o Twitter o Facebook, e-mails diversos grupos rapidamente se comunicam e reúnem  um amplo apoio para atos de resistência ou de enfrentamentos. Estes meios de comunicação não tem cor de uma  organização com bandeiras e outros símbolos. Do Cairo foi para Atenas, Espanha, Wisconsin, Grã-Bretanha e Santiago do Chile. Podem escrever, já chegará na Argentina e no Brasil depois dessa onda de escândalos nos diversos ministérios do Governo federal e que está chegando agora nas cidades. É previsível constatar que um novo quadro político e econômico  está prestes a alterar todo o globo terrestre. Se será sangrento ou não, ainda pouco se pode dizer. Mas o mundo está entrando em um “buraco negro”, cuja saída será traumática. Erramos demais e em alta velocidade, que a freada para reorganizar vai doer. (Guilhobel)