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Togas em chamas O futuro presidente do STF abre guerra contra o Conselho Nacional de Justiça e ameaça a campanha de moralização do Judiciário

Claudio Dantas Sequeira

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RACHA
Peluso revogou ato sobre cartórios, irritou Dipp (abaixo.)
e deu sinal de que pretende reduzir a atuação do CNJ

Uma recente decisão do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, contra resolução do corregedor-geral de Justiça (STF), ministro Gilson Dipp, está causando um racha entre o STF e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O problema começou no dia 28 de janeiro, quando Peluso concedeu liminar de reintegração aos titulares de cartórios do Maranhão que haviam sido afastados pelo CNJ por não serem concursados. Para Dipp, que dias antes decretara vagos 7.828 cartórios ocupados de forma irregular no País, a medida soou como uma afronta. Depois do susto, Dipp convocou sua equipe e pediu audiência a Peluso. Na reunião, que ocorreu em clima tenso, o corregedor reclamou que não havia sido consultado sobre a liminar e alertou para o risco de um efeito cascata, já que antigos donos de cartórios seriam incentivados a entrar com pedidos de reintegração. Inflexível, o vice-presidente do STF não recuou um milímetro. E ainda deu um recado ameaçador: “O CNJ está extrapolando sua função administrativa.” Em seu parecer, Peluso defendeu a  tese de que o CNJ não pode revogar ou anular uma decisão judicial preexistente. “É evidente a inconstitucionalidade de qualquer decisão do CNJ, ou de interpretação que se dê a decisões do CNJ, que tenda a controlar, modificar ou inibir a eficácia de decisão jurisdicional”, afirmou Peluso. No caso, o Tribunal de Justiça maranhense havia decidido reconduzir os titulares não concursados que tinham liminares ainda pendentes de julgamento.

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“O Conselho Nacional de Justiça está extrapolando sua função administrativa”
Cezar Peluso, vice-presidente do STF

“É evidente que as políticas públicas do CNJ são para a melhoria do Judiciário"
Gilson Dipp, corregedor-geral de Justiça

Não é a primeira vez que Peluso alfineta o CNJ. Em caso recente, ao negar a posse de um magistrado  como desembargador do TJ de Mato Grosso, o ministro confirmou parecer do CNJ, mas antes fez questão de ressaltar as limitações constitucionais de um órgão de caráter estritamente “administrativo”. Segundo ele, são duas as competências do conselho: “De um lado, o controle da atividade administrativa e financeira do Judiciário e, de outro, o controle ético-disciplinar de seus membros.” Nos bastidores, comenta-se que há uma tentativa deliberada para enquadrar o CNJ e que Peluso seria o baluarte dessa causa, apoiado pela magistratura. Único juiz de carreira atualmente no ST F, o ministro deverá assumir a presidência do Supremo em abril, acumulando também a do CNJ. O temor é de que Peluso aproveite para esvaziar o órgão, que tem se destacado ao abrir a “caixa-preta” do Judiciário, como bem classificou o novo presidente da OAB, Ophir Cavalcanti. Além da bandeira de moralização dos cartórios e da pressão para julgar milhões de processos acumulados, o CNJ lançou uma caça às benesses do Judiciário, endureceu a Lei Orgânica da Magistratura, investigou juízes envolvidos em pedofilia e fez uma devassa nas contas dos tribunais regionais. Em Brasília, acusou superfaturamento em obras importantes, como as das novas sedes do TRF e do TSE. O fato é que as ações, capitaneadas pela dobradinha do presidente do STF, Gilmar Mendes, com o corregedor Gilson Dipp, vêm tirando o sono dos magistrados.

No dia 27 de janeiro, o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares, entregou pessoalmente a Mendes um ofício criticando os excessos do CNJ. “A gente reconhece a contribuição no campo da ética, da transparência e da moralidade. Mas estamos impressionados porque alguns atos administrativos extrapolam a competência”, diz Valadares. Segundo ele, os “excessos têm causado transtornos aos juízes, que ficam sem saber a quem obedecer, aos atos administrativos do CNJ ou à lei.” Para a OAB, entretanto, as críticas são injustas. “O trabalho do ministro Dipp tem que ser elogiado. Ele tira o véu que desnuda o Judiciário”, rebate Cavalcanti. Apesar das pressões, Mendes e Dipp têm evitado a discussão pública. No caso dos cartórios do Maranhão, o CNJ divulgou uma nota de esclarecimento sobre os efeitos limitados da liminar de Peluso.  Na opinião do juiz auxiliar do CNJ Marcelo Berth, “algumas pessoas tiveram a compreensão equivocada de que centenas de cartórios seriam excluídos do concurso e entregues novamente aos titulares, mas só nove cartórios foram atingidos pela medida”. A decisão de Peluso, segundo ele, não prejudicou em nada as normas que regulamentam a ocupação dos cartórios. Embora garanta que o mal-estar inicial já foi superado, Berth reitera que o CNJ não abrirá mão da campanha de moralização. 
Colaborou Sérgio Pardellas

16 comentários:

Anônimo disse...

Atenção leitores deste blog singelo- temos mais um tema a ser debatido, questionado e verificado. a futura atuação do CNJ. não queremos retrocesso, nada contra o STF , mas o ideal seria que STF e CNJ caminhassem juntos, ambos atuando efetivamente em prol da moralização do judiciário. lembrem-se de quanto mais poessoas souberem de tudo o que ocorre nos bastidores, mais pessoas poderão auxiliar em prol da moralidade. vamos divulgar fatos, idéias, vamos esclarecer, enfim, vamos tornar a sociedade participativa e informada de que pode , deve e tem direito de revindicar o que acha correto. agora não é o momento da omissão, é o da divulgação. quem cala consente, que se omite é conivente. quem não entende o que se passa e não se informa é inerte.
Não queremos togas em chamas, queremos é a chama da justiça acesa permanentemente simbolizando que ela esta viva e atuante, dentro da ética, da lisura e da moralidade.

Anônimo disse...

IMPRENSA LIVRE E A SOCIEDADE CONSCIENTE DE SEUS DIREITOS-
Eis a maneira pacífica de combater esta guerra e ver o triunfo da verdadeira justiça.

Anônimo disse...

que tal esse peluso ficar onde está ou ir pra casa já deu pra ele...Regininha!

Se ele ficar vai sifuuuuu, porque não vamos dar folga, tem que cumprir a lei o u saimos com ele com um pé na bunda!!

Dipp.Dipppp..Dippp.....Dipp,,,,,fora Peluso gaga!!

Os teus blogueiros vão querer acompanhar isso ai Regina, então vamos cobrar da OAB, também..!!!

Anônimo disse...

Vamos aocmpanhar de perto, não queremos retroceso, isso mesmo.....

Anônimo disse...

MARIA AGORA JÁ COMEÇOU, O PONTA PÉ INICIAL, AGORA VAMOS MANTENDO COM VOCE À FRENTE PRA IR NOS CONTACTANDO E ORIENTANDO. ISSO É IMPORTANTISSIMO!

Anônimo disse...

setiver um jornalistacomo esse ai que fala, podemos ir fiscalizando a quatas andam o uso do dinheiro público.

eles são nossos servidores e devem isso ao povo, ou oPeluso acha que vai conseguir segurar a lingua do povo do Brasil que acompanha o blog? Vamos pichar ele desde já!

Anônimo disse...

to gostando de ver, heim como o povo se manifesta, depois de conhecer os seus direitos, coisa que eles sempre escondem!

Anônimo disse...

EI AGORA NÃO TEM MAIS VOLTA SEU pELUSÃO, NÃO VAI CONSEGUIR DERRUBAR O gISOM dIPP.

Anônimo disse...

o Que o que esse velhote está pensando, que vai segurar as maracutáias dos seus pares ou seriam as do seu sobrinho que vai dançar,..ou....seriam as suas? Porque e que mantivera esse velho caquetico no STF, já era pra estar fora, tem uma hora que tem que largar o osso meu velho?

Anônimo disse...

boa essa manchete......quer dizer qe ainda insistem.....em manter as tramóias...quanto será que valeu i$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$o?

$$oube que foi 500 pilas mas se foi , o cara se vende por pouco.........

Anônimo disse...

SERÁ QUE ESSE TAL DE "PELUZÃO" VAI CONSEGUIR DERRUBAR O NOSSO QUERIDO DIPP, JAMAIS!! ELE NÃO TERÁ CORAGEM PARA ISSO POIS O POVO HÁ MUITO ESTAVA CLAMANDO POR MORALIZAÇÃO NO JUDICIÁRIO EM GERAL E O NOSSO PREZADO CORREGEDOR GILSON DIPP NOS TROUXE NOVAS ESPERANÇAS E PODERÁ CONTAR COM O POVO QUE ESTARÁ AO SEU LADO. CONCLAMAMOS A IMPRENSA SÉRIA NESTA BRASIL E QUE FREQUENTAM ESTE BLOG PARA QUE TAMBÉM LEVANTE UMA BANDEIRA EM PRÓ DA CONTINUAÇÃO DA MORALIDADE JUDICIÁRIA. ABAIXO PELUSO, VIVA... VIVA... VIVA... GILSON DIPP!!!

Anônimo disse...

Não posso deixar de expressar hoje aqui meu apoio e admiração pelo Dipp. E lembrar que, se alguns consideram que o CNj extrapola suas funções, para quem trabalha sério e nada tem a temer, não causa preocupação tal colocação.

Anônimo disse...

MARIA BONITA

O EROS GRAU VAI SE APOSENTAR EM AGOSTO. NÃO SERIA HORA DE FAZER CAMPANHA PARA QUE O MINISTRO GILSON DIPP DO STJ OCUPASSE ESSA VAGA A SER DEIXADA? ACHO QUE TERIAMOS UMA FORÇA NO STF PARA MORALIZAR ESSES CONCURSO DE CARTÓRIOS

Anônimo disse...

POR FALAR NO EROS GRAU, VEJA VOCÊ BONITINHA O QUE ENCONTREI LÁ PELO SITE DO STF:
ADI 3968 - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Origem: PR - PARANÁ
Relator: MIN. EROS GRAU
REQTE.(S) DEMOCRATAS - DEM
ADV.(A/S) MICHEL SALIBA OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
REQDO.(A/S) GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ
REQDO.(A/S) ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ
Andamentos
DJ/DJe
Jurisprudência
Deslocamentos
Detalhes
Petições
Petição Inicial
Recursos
Resultados da busca Data Andamento Órgão Julgador Observação Documento
11/06/2008 Conclusos ao(à) Relator(a)

UMA ADI NAS MÃOS DESSE MINISTRO DESDE 11.06.2008??? E OS ADVOGADOS NÃO RECLAMAM, ALGO ESTÁ ERRADO NÃO ACHA?

Anônimo disse...

Com o e qualquer outro órgão, no judiciário existem coisas certas e erradas. Pode que haja algo errado , conforme o divulgado pelo último anonimo das 23-37, mas o mais importante é que hoje temos acesso a muitas coisas tramitando pelo judiciário que antes não tinhamos, e desta forma, podemos nos informar, contestar, apoiar, conbrar providências, ou seja exercer nosso direito de cidadão dentro de um país livre. O judiciário deve ser cada vez mais transparente, pois desta forma, além de inibir-se a atuação de alguns membros tendenciosos, e evitar que novos tendenciosos surjam, vai trabnsparecer o trabalho daqueles que nada tem a esconder. E foi o CNJ que despertou no povo brasileiro a vontade e oportunidade de participar.

Anônimo disse...

AGORA QUE O POVO BRASILEIRO DESCOBRIU QUE PODE PARCICIPAR, TER ACESSO, SE INFORMAR, DIFICIL SERÁ ACEITAR E OCORRER QUALQUER RETROCESSO. PARABÉNS A DIPP E AO CNJ.-