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'Órgãos de controle do Judiciário podem virar decorativos'

Ao iG, procuradora da República Janice Ascari diz que Tribunal de Justiça de São Paulo é refratário à fiscalização do CNJ


Em entrevista exclusiva ao iG, a procuradora regional da República Janice Ascari, uma das mais ativas integrantes do Ministério Público Federal, disse que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), principais ferramentas para o controle externo do poder Judiciário, correm o risco de se tornarem órgãos meramente decorativos. “O CNJ perderia a razão de existir. Os conselhos têm apenas seis anos de existência. Só agora começamos a perceber o resultados. Seria um retrocesso”, disse ela. Leia e assista Aqui ou clique na imagem.

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PS: Vovó fala que está protegendo as mulheres……….Bom, né?

 

Entrevista da Ministra Eliana Calmon sobre a corrupção no Judiciário (Revista Veja)

Posted on 30 setembro, 2010 by George Lins

“A ministra Eliana Calmon é conhecida no mundo jurídico por chamar as coisas pelo que são. Há onze anos no STJ, Eliana já se envolveu em brigas ferozes com colegas – a mais recente delas com então presidente César Asfor Rocha. Recém-empossada no cargo de corregedora do Conselho Nacional de Justiça, a ministra passa a deter, pelos próximos dois anos, a missão de fiscalizar o desempenho de juízes de todo país.

A tarefa será árdua. Criado oficialmente em 2004, o CNJ nasceu sob críticas dos juízes, que rejeitavam ideia de ser submetidos a um órgão de controle externo. Nos últimos dois anos, o conselho abriu mais de 100 processos para investigar a magistratura e afastou 34.

Em entrevista a Veja, Eliana Calmon mostra o porquê de sua fama. Ela diz que o Judiciário está contaminado pela politicagem miúda o que faz com que juízes produzam decisões sob medida para atender aos interesses dos políticos, que, por sua são os patrocinadores das indicações dos ministros.

Por que nos últimos anos pipocaram tantas denúncias de corrupção no Judiciário?

Durante anos, ninguém tomou conta dos juízes, pouco se fiscalizou, corrupção começa embaixo. Não é incomum um desembargador corrupto usar o juiz de primeira instância como escudo para suas ações. Ele telefona para o juiz e lhe pede uma liminar, um habeas corpus ou uma sentença. Os juizes que se sujeitam a isso são candidatos naturais a futuras promoções. Os que se negam a fazer esse tipo de coisa, os corretos, ficam onde estão.

A senhora quer dizer que a ascensão funcional na magistratura depende dessa troca de favores?

O ideal é que as promoções acontecessem por mérito. Hoje é a política que define o preenchimento de vagas nos tribunais superiores, por exemplo. Os piores magistrados terminam sendo os mais louvados. O ignorante, o despreparado, não cria problema com ninguém porque sabe que num embate ele levará a pior. Esse chegará ao topo do Judiciário.

Esse problema atinge também os tribunais superiores, onde as nomeações são feitas pelo presidente da República?

Estamos falando de outra questão muito séria. É como o braço político se infiltra no Poder Judiciário. Recentemente, para atender a um pedido político, o STJ chegou à conclusão de que denúncia anônima não pode ser considerada pelo tribunal.

A tese que a senhora critica foi usada pelo ministro César Asfor Rocha para trancar a Operação Castelo de Areia, que investigou pagamentos da empreiteira Camargo Corrêa a vários políticos.

É uma tese equivocada, que serve muito bem a interesses políticos. O STJ chegou à conclusão de que denúncia anônima não pode ser considerada pelo tribunal. De fato, uma simples carta apócrifa não deve ser considerada. Mas, se a Polícia Federal recebe a denúncia, investiga e vê que é verdadeira, e a investigação chega ao tribunal com todas as provas, você vai desconsiderar? Tem cabimento isso? Não tem. A denúncia anônima só vale quando o denunciado é um traficante? Há uma mistura e uma intimidade indecente com o poder.

Existe essa relação de subserviência da Justiça ao mundo da política?

Para ascender na carreira, o juiz precisa dos políticos. Nos tribunais superiores, o critério é única e exclusivamente político.

Mas a senhora, como todos os demais ministros, chegou ao STJ por meio desse mecanismo.

Certa vez me perguntaram se eu tinha padrinhos políticos. Eu disse: ´Claro, se não tivesse, não estaria aqui´. Eu sou fruto de um sistema. Para entrar num tribunal como o STJ, seu nome tem de primeiro passar pelo crivo dos ministros, depois do presidente da República e ainda do Senado. O ministro escolhido sai devendo a todo mundo.

No caso da senhora, alguém já tentou cobrar a fatura depois?

Nunca. Eles têm medo desse meu jeito. Eu não sou a única rebelde nesse sistema, mas sou uma rebelde que fala. Colegas que, quando chegam para montar o gabinete, não têm o direito de escolher um assessor sequer, porque já está tudo preenchido por indicacão política.

Há um assunto tabu na Justiça que é a atuação de advogados que também são filhos ou parentes de ministros. Como a senhora observa essa prática?

Infelizmente, é uma realidade, que inclusive já denunciei no STJ. Mas a gente sabe que continua e não tem regra para coibir. É um problema muitio sério. Eles vendem a imagem dos ministros. Dizem que têm trânsito na corte e exibem isso a seus clientes.

E como resolver esse problema?

Não há lei que resolva isso. É falta de caráter. Esses filhos de ministros tinham de ter estofo moral para saber disso. Normalmente, eles nem sequer fazem uma sustentação oral no tribunal. De modo geral, eles não botam procuração nos autos, não escrevem. Na hora do julgamento, aparecem para entregar memoriais que eles nem sequer escreveram. Quase sempre é só lobby.

Como corregedora, o que a senhora pretende fazer?

Nós, magistrados, temos tendência a ficar prepotentes e vaidosos. Isso faz com que o juiz se ache um super-homem decidindo a vida alheia. Nossa roupa tem renda, botão, cinturão, fivela, uma mangona, uma camisa por dentro com gola de ponta virada. Não pode. Essas togas, essas vestes talares, essa prática de entrar em fila indiana, tudo isso faz com que a gente fique cada vez mais inflado. Precisamos ter cuidado para ter práticas de humildade dentro do Judiciário. É preciso acabar com essa doença que é a ´juizite´.”

Fonte: Revista Veja

 

 

 

13 comentários:

Anônimo disse...

Extraído da Gazeta do Povo, edição de hoje:

//Corregedor do TJ paranaense se une a descontentes com o CNJ//

Noeval de Quadros vai a Brasília participar de reunião com corregedora que disse haver "bandidos de toga" no país.

Publicado em 09/10/2011 | KARLOS KOHLBACH

Responsável por investigar juízes e desembargadores do Pa­­­­raná, o corregedor-geral do Tri­­­bunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Noeval de Quadros, é mais um integrante do coro dos descontentes com a ministra Eliana Calmon, do Conselho Nacional de Justiça.
O desembargador vai a Brasília na próxima semana junto com corregedores de todo o país para falar com a ministra e com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cézar Peluso.

A ideia da reunião, que ocorre nesta segunda-feira, é acertar os ponteiros do Judiciário nacional, abalado pela declaração da ministra de que haveria "bandidos de toga" na magistratura brasileira.
A frase surgiu em meio à discussão sobre quem tem poderes para apurar crimes cometidos por juízes. Eliana Calmon, corregeadora nacional, crê que é o Conselho Nacional de Justiça.
Uma ação da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) no STF diz que o CNJ deve agir se os tribunais estaduais não tomarem providências.

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Anônimo disse...

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Noeval de Quadros está do lado dos que consideram que o CNJ vem extrapolando suas funções.
E pretende dizer isso em Brasília.

Veja os principais trechos da entrevista concedida à Gazeta do Povo:

AMB x CNJ

"A atuação do CNJ não deve concorrer com a dos tribunais. Deve ser complementar. No aspecto técnico, o CNJ é realmente uma inovação muito boa, trouxe novos saberes, trouxe estatísticas, aspectos sociológicos, tecnocráticos. Ajudou muito a modernizar a Jus­­tiça. No aspecto disciplinar, se ele tiver uma atuação concorrente, não há estrutura para fazer investigação em todos os estados como precisaria. Além disso, vai subtrair uma competência que pela Cons­­tituição é dos estados. Estaria ferindo o principio federativo de autonomia dos estados. Se alguma corregedoria é inoperante, o CNJ tem que intervir nessa corregedoria pontualmente. Mas não é verdade que as corregedorias todas sejam ineficientes. E o CNJ acompanha isso todos os dias: toda vez que abrimos um procedimento contra um juiz ou que arquivamos algo, o CNJ fica sabendo."

Poder de investigação

"Esta ação, caso seja dado ganho de causa à AMB, não vai reduzir o poder de investigação do CNJ. Entendo que o STF vai se pronunciar sobre a Resolução 135, que disciplina o procedimento administrativo, para decidir se ela contraria ou não a Lei Orgânica da Magistratura Nacional. De qualquer modo, também vai dizer se a Corregedoria Nacional pode investigar diretamente juízes e desembargadores ou se ela tem que encaminhar primeiro para as corregedorias estaduais ou os presidentes dos tribunais, no caso de desembargadores."

"Bandidos de toga"

"A magistratura se sentiu atingida pelo fato da generalização. O meu vizinho pode imaginar, por exemplo, que eu sou um desses bandidos de toga. É isto que fere o amor próprio dos juízes. Porque hoje os juízes estão também em evidência pelo fato de que são as pessoas mais julgadas pela sociedade. Eles estão sendo até ameaçados de morte. Tivemos casos recentes de morte por conta do juiz estar cumprindo seu papel. Uma afirmativa como esta da ministra, que se refere a algumas pessoas, que ela não esclareceu quem são, ataca a classe como um todo. Como em toda profissão, quando a gente faz um concurso não pode prever o futuro, não sabe se a personalidade da pessoa é deformada ou não. Nós fazemos uma investigação sobre a vida pregressa, mas não sabemos o que aquela pessoa vai fazer depois, no exercício do poder. Não vamos dizer que não haja desvios dentro da magistratura, mas podemos afirmar, com bastante segurança, que é um mínimo e que efetivamente, quando há desvios, eles têm sido apurados. Por isso, o colégio de corregedores se sentiu atingido quando se disse que a atuação das corregedorias é inepta".

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Anônimo disse...

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PEC

Diante da possibilidade de restringir poderes de fiscalização do CNJ, o senador Demóstenes Torres (DEM) protocolou no Senado uma Proposta de Emenda Constitucional que garante a manutenção do trabalho do Conselho.

"Nós vamos discutir isso entre os corregedores do país inteiro, porque pode ferir o princípio da harmonia e independência entre os poderes. Nós não temos interesse em restringir a atuação da Corregedoria Nacional".

Desfecho da crise

"Esse embate é político, é institucional, e há momentos em que uma declaração como esta [da ministra Eliana Calmon] ganha contornos bombásticos. O juiz tem que ser econômico ao fazer este tipo de declaração, mas isso evidentemente é do estilo de cada um. Acho que a instituição do Poder Judiciário é muito forte e ela vai sair deste episódio com mais transparência e ainda mais fortalecida".

Corporativismo

"É muito difícil fazer uma afirmativa generalizada porque não conheço a realidade dos outros estados. No Paraná não existe corporativismo. Quem julga os juízes é o Órgão Especial [do TJ]. O corregedor apenas apresenta uma proposta de voto e o Órgão Especial, que tem 25 membros, é quem decide. Nunca vi esse tipo de corporativismo para impedir a punição a um juiz. Em tribunais menores pode haver maior dificuldade."

Falta de estrutura

"A estrutura da nossa corregedoria não é suficiente. É preciso ter mais juízes auxiliares e mais auditores para que possamos fazer todo esse trabalho. O número de juízes no estado vem aumentando e a estrutura da corregedoria está estável há bastante tempo. Hoje são seis juízes auxiliares e seis assessores correcionais que viajam uma semana sim, outra não. Para percorrer todo o estado nós levaríamos três anos. Para fazer a correição em Curitiba o tempo estimado é de mais ou menos um ano. Em outros estados, no Rio Grande do Sul, por exemplo, a estrutura é praticamente o dobro da nossa. Uma das minhas metas é deixar a corregedoria do Paraná mais bem estrututrada para o futuro e desenvolver um trabalho mais de orientação e prevenção do que propriamente de repressão".



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Anônimo disse...

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Investigar colegas

"Eu não acho desconfortável o trabalho de investigar juízes. Eu julgo há 31 anos. É a minha tarefa. Então, o processo contra um colega é um processo como qualquer outro. O corregedor, quando assume essa função, já sabe qual será sua atribuição. E também nós usamos de bastante bom senso para instaurar processo administrativo contra o juíz. O próprio juiz já sabe que ele eventualmente pode ter co­­metido alguma falta e compreende qual é o papel do corregedor."

Exemplo?

Desde a criação, em 2005, o CNJ condenou 50 magistrados, nenhum do Paraná.

"A qualidade do trabalho dos juízes do Paraná é excelente. Na parte disciplinar, todas as faltas são apuradas. A média nos últimos sete anos é de sete a oito processos administrativos disciplinares abertos por ano. Neste ano, nós ja temos cinco instaurados e dois prontos para ser levados ao Órgão Especial para saber se vão ser instaurados ou não. Todas as reclamações que aqui surgem são investigadas. No geral as reclamações não são por falta ética ou moral, mas sim por insuficiente capacidade de trabalho e atraso no serviço. Porque hoje os juízes lidam com muito trabalho, muita pressão. São faltas, mas não tão graves a ponto de causar punições, como uma de­­missão, por exemplo".

Punições brandas?

A aposentadoria compulsória foi a punição mais recorrente aplicada pelo CNJ em casos de irregularidades cometidas por magistrados.

"A magistratura tem discutido sobre isso. O novo estatuto da magistratura deve prever mu­­danças. A atual legislação prevê esse tipo de penalidade, mas também prevê a pena de demissão para o juiz que for condenado criminalmente, como já ocorreu no Paraná. As punições não são brandas, são adequadas para o nível da tarefa e das exigências que cercam a pessoa do juiz, que lida com interesses variados, poderosos. Então o juiz não pode ficar à mercê de que também haja a perda do cargo, a não ser por um fato extremamete grave. E quando esses fatos fi­­cam comprovados, a resposta tem sido dada.


=-=-=-=-=-=-=-=-=-=

Anônimo disse...

Complementando-



Atuação

//14 investigados no país.
Só um é do Paraná.//

Catorze magistrados em todo o Brasil são alvo de investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por supostas irregularidades. Os casos tramitam em segredo de Justiça e o CNJ não informa o nome dos investigados nem o suposto desvio funcional que determinou a abertura de um procedimento administrativo. Uma fonte do CNJ afirma que um desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná está sob suspeita.

A abertura de procedimento administrativo contra um desembargador do tribunal paranaense não é de conhecimento do presidente Miguel Kfouri Neto. Em teoria, caberia a Kfouri investigar o colega. O caso, como já mostrado pela Gazeta do Povo, expõe um dos motivos que levou a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) a entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a atuação do CNJ.

No Paraná, a corregedoria do Tribunal de Justiça investiga a atuação de seis juízes – um da região metropolitana de Curitiba e outros cinco do interior do estado. O corregedor Noeval de Quadros afirmou que há seis procedimentos administrativos abertos por atraso reiterado no serviço; um pelo fato de o magistrado deixar de prestar informações aos desembargadores; e outro por “falta de tratamento com urbanidade” [desrespeito, indiscrição]com advogados e serventuários. “São oito procedimentos porque um juiz responde a três supostas irregularidades”, explicou, citando que só em 2011 foram abertas cinco investigações e que três juízes estão afastados cautelarmente dos serviços. (KK)

Anônimo disse...

Próximo dia doze comemora-se o dia da criança que coincide com o feriado em homenagem a padroeira do Brasil.
Que tal pensar em seus filhos, ou nas gerações futuras e ao invés de apenas presentear os pequenos participar de um movimento cujo desfecho poderá acarretar ou não um Brasil mais ético,moral e transparente para as futuras gerações?

Veja abaixo:


""Ficha Limpa, CNJ e voto aberto serão bandeiras de protestos""

Publicado em 09/10/2011-Gazeta do Povo.


Pelos menos 18 cidades brasileiras vão ter, no feriado da Padro­­­eira, na próxima quarta-feira, protestos contra a corrupção e por mais transparência no poder público. As manifestações estão sendo organizadas nas redes sociais da internet, nos moldes da mobilização que levou 25 mil pessoas à Esplanada dos Minis­­­térios no Sete de Setembro. Desde aquela passeata, diferentes grupos passaram a atuar em conjunto e agora vão defender três bandeiras concretas: a validação da Lei da Ficha Limpa pelo Su­­­­premo Tribunal Federal (STF), a manutenção dos poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com o voto secreto em todas as votações do Congresso.

Em Curitiba, o protesto está mar­­­cado para começar às 14 horas, nas escadarias da UFPR, na Praça Santos Andrade. No mês passado, cerca de 80 pessoas participaram de uma manifestação no mesmo local.


continua.......

Anônimo disse...

continuação:



Na primeira vez, foi tudo muito espontâneo. Agora, estamos mais bem estruturados em diferentes lugares e com um foco mais claro”, diz o empresário Valter Magalhães, de 29 anos, um dos organizadores do Movimento Contra a Corrupção (MCC) em Brasília. Ele lembra que o grupo surgiu em agosto, organizado por apenas três pessoas. Dois meses depois, 60 voluntários participam das reuniões do MCC.

Eles já estão trabalhando nos preparativos para o encontro da quarta-feira, junto com outros dois grupos que atuam na internet, o Varre Brasil e o Dia do Basta. Entidades da sociedade civil organizada – como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – já confirmaram a participação. O presidente nacio­­­nal da OAB, Ophir Caval­­cante, convocou na semana passada todas as seccionais para aderir à manifestação e defender o CNJ como órgão de fiscalização e punição dr magistrados que cometam irregularidades.

A limitação dos poderes do CNJ é alvo de uma ação que tramita no STF e que deve ser julgada no próximo dia 19. Na mesma linha, o protesto pretende pressionar o Supremo a julgar o quanto antes a validação da Fi­­­­cha Limpa. Os ministros já determinaram que a lei não deveria ser aplicada para as eleições do ano passado e agora precisam aferir se há outros aspectos inconstitucionais no texto – há chance de todo o conteúdo ser considerado inválido.

Já a PEC do Voto Aberto tramita desde 2001 e espera atualmente pela apreciação pelo plenário da Câmara dos Deputados, antes de seguir para o Senado.

Real e virtual

O cientista político Valdir Puc­­­ci, da Universidade de Brasília, avalia que os protestos são importantes, mas precisam ganhar consistência. “O peso dos movimentos virtuais só se concretiza quando chega às ruas. Além disso, o descontentamento com a corrupção precisa ser demonstrado no cotidiano, não apenas em eventos esparsos”, diz. Pucci diz que a presença de entidades como a OAB e a CNBB é positiva. “O que tem feito falta é uma participação do movimento estudantil, que parece muito mais ligado à política partidária.”

Anônimo disse...

UTILIDADES:


Onde encontrar mais informações na internet sobre os protestos anticorrupção:

MCC

Site: www.movimentocontraacorrupcao.org.br

Twitter: @corrupcaonaobsb

Facebook: www.facebook.com/groups/movimentocontra acorrupcao

Nas ruas

Facebook: www.facebook.com/groups/nasruas (nacional) e www.facebook.com/groups/nasruas.pr (Paraná)

Dia do Basta

Blog: www.diadobasta.blogspot.com

Facebook: www.facebook.com/diadobasta

Twitter: @diadobasta

Varre Brasil

Blog: www.varrebrasil.blogspot.com

Twitter: @varrebrasil

E claro, neste blog.......

Anônimo disse...

Uma mensagem espírita e cristã para nosso Corregedor e para as demais pessoas que desejarem ler.

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Você se considera uma pessoa de coragem?
E, se tem coragem, também tem força o bastante para suportar os desafios da caminhada?
Em muitas ocasiões da vida, não sabemos avaliar o que realmente necessitamos: se de força ou de coragem.
E há momentos em que precisamos das duas virtudes conjugadas.
Há situações que nos exigem muita força, mas existem horas em que a coragem se faz mais necessária.
Eis aqui alguns exemplos.
É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil.
É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para não revidar.
É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para admitir a dúvida ou o erro.
É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé.
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.
É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.
É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para fazê-lo parar.
É preciso ter força para fazer tudo sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.
É preciso força para enfrentar os desafios que a vida oferece, mas é preciso coragem para admitir as próprias fraquezas.
É preciso força para buscar o conhecimento, mas é preciso coragem para reconhecer a própria ignorância.
É preciso força para lutar contra a desonestidade, mas é preciso coragem para resistir às suas investidas.
É preciso força para enfrentar as tentações, e é preciso coragem para não cair nas suas armadilhas.
É preciso ter força para gritar contra a injustiça, mas é preciso muita coragem para ser justo.
É preciso força para pregar a verdade, mas é preciso coragem para ser verdadeiro.
É preciso força para levantar a bandeira da paz, mas é preciso coragem para construí-la na própria intimidade.
É preciso ter força para falar, mas é preciso coragem para se calar.
É preciso força para lutar contra a insensatez, mas é preciso coragem para ser sensato.
É preciso ter força para defender os bens materiais, mas é preciso coragem para preservar o patrimônio moral.
É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado.
É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para aprender a viver.
Enfim, é preciso ter muita força para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, mas é preciso muita coragem moral, para vencer a si mesmo.
Força e coragem: duas virtudes com as quais podemos conquistar grandes vitórias. E a maior delas é a vitória sobre as próprias imperfeições.


continua

Anônimo disse...

continuando


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A coragem de vencer-se antes que pretender vencer o próximo, de desculpar antes que esperar ser desculpado e de amar, apesar das decepções e desencantos, revela o verdadeiro cristão, o legítimo homem de valor.
Por essa razão a coragem é calma, segura, fonte geradora de equilíbrio que alimenta a vida e eleva o ser aos altos cumes da glória e da felicidade total.

Redação do Momento Espírita
Em 18.10.2010.


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Prezado Des. Noeval-
O Senhor tem lido o Evangelho?
Com a frequencia necessária?
Que tal na próxima vez em que fizer a prática do Evangelho no lar, pedir inspiração a Deus para não mais se incomodar com a opinião de outros, quiçá de vizinhos que porventura tenham a índole curiosa ou fofoqueira. E ao invés de temer seus julgamentos que porventura possam ocorrer, admitir que somos todos falíveis, que eficiencia profissional e grau de escolaridade não são sinonimos de idoneidade moral, e portanto faz-se necessário controle externo do Judiciário, se não por sua pessoa( somente sua consciência poderá responder a esta indagação),mas pensando por outras que poderão vir assentar-se em seu lugar em épocas futuras, ou investirem-se em cargo igual ao que ocupa agora nos demais tribunais desta nossa grande nação .
Afinal, quem não deve não teme.
Se dentre milhares de membros do Judiciário ou de qualquer outra categoria profissional somente um não for correto,não é mais prudente cercear este comportamente de todas as formas possiveis, e inibir recindivas por parte de outros que estão na ativa ou que poderão vir a ingressar futuramente?
Então que tal Sr. Noelval, com todo respeito, repensar este seu posicionamento, deixar o orgulho de lado, e pensar que o termo bandidos de toga só se adequará aqueles que fizerem juz ao termo.
Aos demais, fica o ditado popular:
Quem não deve , não teme.

Que Deus lhe inspire e abençoe!
Pense nas futuras gerações que poderão vir a ser beneficiadas com mais um órgão que venha a inibir as vaidades desenfreadas, o mal uso da função, a corrupção, e enfim a prática de quaisquer atos que deponham contra a moralidade e os bons costumes.

De alguém que lhe que bem,como a todos os seus pares, mas que também pensa no futuro e quer um Judiciário transparente e atuante, e para isto também não pode deixar de apoiar aqueles que realmente lutam para que a verdadeira justiça prevaleça!

Anônimo disse...

"Trabalho e Consciência"


O sol apenas despertara a aurora e a brisa fresca da manhã trazia notícias de que a chegada do inverno estava próxima.
No parque, poucas pessoas faziam sua caminhada matinal, antes dos afazeres diários...
A agitação das aves era notada por aqueles que sabem apreciar esses detalhes da natureza.
Numa árvore próxima a uma pequena ponte, um joão-de-barro construía sua morada.
Lá estava ele... esticando o pescoço o quanto dava para construir a parte superior do ninho.
Do pequeno monte de barro depositado na parte inferior do ninho, ele retirava porções mínimas com o bico e fazia os retoques nas laterais de sua habitação.
Um trabalho árduo, sim, para quem não tem mãos, não tem ferramentas, não tem ajuda de ninguém... Tem apenas o bico e asas para voar em busca de matéria prima.
Um pássaro muito pequeno, um exemplo de dedicação e de fidelidade ao instinto recebido do Criador.
Aquele joão-de-barro não se importava com seus vizinhos, com os predadores, com as intempéries, apenas construía seu ninho com esmero, sem preguiça, sem desculpas, com dedicação.
Mas nem todos os pássaros são exemplos de dedicação e trabalho. O chupim, ou engana-tico, pássaro muito comum no Brasil, não constrói ninho. A fêmea procura um ninho de tico-tico ou de outra espécie, joga fora o ovo que encontra e bota ali o seu próprio ovo.
A verdadeira dona do ninho não se dá conta e choca o ovo da invasora até que nasça o filhote.
O filhote de chupim já nasce maior do que sua mãe adotiva, mas esta se desdobra para alimentá-lo até que tenha condições de buscar o próprio sustento.
Duas aves, duas situações bem diferentes. Uma possui a arte de trabalhar, a outra o instinto de enganar, de roubar, de matar.
Assim também acontece no reino dos humanos. Existem homens que trabalham com dedicação, seriedade, honestidade, honradez.
E existem pessoas que vivem do esforço alheio. Nada produzem; nada edificam. Aproveitam-se do trabalho dos outros, e são hábeis no instinto de enganar.
São verdadeiros parasitas sociais. São corruptos, hipócritas, malandros, e se dizem espertos. Têm orgulho de lesar o erário, lesar pessoas, fazer conluios, conchavos, negociatas...
Enchem os cofres com o dinheiro das drogas, das barganhas, da vilania, das guerras. São os chupins da Humanidade...
Seriam eles os verdadeiros espertos? Ah, certamente não! Pobres criaturas que pensam enganar a própria consciência! Ao contrário do que acontece com os chupins que só tem o instinto animal, o ser humano tem responsabilidade moral sobre todos os atos praticados, em sã consciência.
E, mais cedo ou mais tarde, terão que devolver às Soberanas Leis que regem o universo moral, tudo o que tenham retirado de forma ilícita. Desse supremo juiz, do tribunal chamado consciência, nada escapa, nada se burla, nada se perde.
Por isso vale a pena olhar para si, em frente ao espelho e responder com toda sinceridade: Sou joão-de-barro, ou sou chupim?
Em prol da própria saúde mental, se a resposta pender para chupim, vale a pena uma mudança radical de atitude... porque a vida não termina no túmulo, e todos receberemos conforme nossas obras.
* * *
O trabalho é lei da vida.
Ninguém engana a própria consciência fugindo ao dever.
Na grande folha de pagamento do Código Divino, estão registrados todos os nossos serviços, nossos desserviços e nossas faltas, e é segundo esses registros que receberemos no Além túmulo.
Pense nisso, mas pense agora!
Redação do Momento Espírita.
Em 09.10.2009.


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Dedicado a todos aqueles que enobrecem a função exercida atuando com ética, honestidade , cordialidade , competencia e sem diferenciações.
E espero que útil aqueles que ainda não conseguiram agir desta forma..........

Anônimo disse...

Parabéns a Corregedora Eliana Calmon,isso que é dizer a VERDADE, é o antídoto mais puro e cristalino que existe no Mundo.

Neto disse...

Todos sabem que os bandidos mesmos estão no poder judiciário, para se ter uma idéia, ao tentar fazer uma limpeza deve preder todos até os motoristas ai começar as verificações, são todos bandidos os que não são. são coniventes por tanto co-autores. Tem que prender e demitir sem salário.