O caso do juiz do Paraná que virou auxiliar no STJ
PS: Vovó avisou lá do Céu: Amanhã vamos falar sobre um cartorário que está respondendo a Processo Criminal (Gaeco) e não foi afastado pelo TJPR......qualquer outro teria sido afastado.
Esta portaria do Superior Tribunal de Justiça (STJ) seria mais um daqueles atos que honrariam o velho adágio que diz que quando um governante não quer que o povo saiba o que faz basta mandar publicar no Diário Oficial. Seria… se não fosse pelo fato de fazer referência à prorrogação por mais um ano do juiz Leonardo Stancioli, do Tribunal de Justiça do Paraná, como juiz auxiliar do ministro Félix Fischer no STJ.
Para quem não se lembra, Stancioli foi o pivô de um escândalo que pipocou no TJ do Paraná em 2007. Ele fizera concurso de juiz e ficou na 17.ª colocação – um problema que foi enfrentado pelo seu sogro, o então ministro do STJ Paulo Medina, que, mediante tráfico de influência, conseguiu a nomeação do genro.
A OAB/PR bem que tentou anular a nomeação e o próprio concurso, mas sem resultado prático imediato: Stancioli foi nomeado e, tempos depois, convocado para atuar em Brasília no próprio STJ em que trabalhara o sogro. O sogro, no entanto, foi aposentado compulsoriamente em 2010, não em razão do tráfico de influência no Paraná, mas sob acusação de venda de sentenças em favor de caça-níqueis. Desde então recebe proventos de ministro e enfrenta um processo na Justiça do Rio de Janeiro que já dura sete anos sem solução.
Revista Veja - Furacão da limpeza - abr 23 2007
ResponderExcluir"Na maior devassa da história do Judiciário, a polícia prende juízes sob suspeita de vender decisões – e dá início a uma faxina que tem tudo para fazer bem ao país
(...)
Apesar da amplitude do bote policial sobre a banda podre da Justiça, ações ainda mais ousadas estão por vir. VEJA apurou que está nas mãos do ministro do STF Joaquim Barbosa um pedido de prisão de ministros do STJ supostamente envolvidos com a venda de sentenças. O caso diz respeito ao advogado e lobista Roberto Bertholdo, preso em Curitiba no fim de 2005. Bertholdo foi pilhado numa escuta telefônica tramando a compra de uma liminar, por 600.000 reais, do ministro Vicente Leal, do STJ.
Leal se aposentou recentemente sob suspeita num outro caso, o de venda de decisões judiciais a traficantes. No grampo, Bertholdo antecipa ao seu cliente as decisões que serão tomadas – e, mais tarde, tudo acontece do modo como prevê. Diz, por exemplo, que Vicente Leal dará uma decisão favorável ao cliente. E isso acontece. Depois diz que, quando a decisão fosse analisada pelos demais magistrados, o ministro Paulo Medina entraria em ação, retardando o processo. E isso também acontece.
As investigações colheram a suspeita de que Bertholdo tinha ligações com outro advogado, Octávio Fischer, que vem a ser filho de Felix Fischer, ministro do STJ, o mesmo que, na semana passada, proibiu a Operação Têmis de prender magistrados em São Paulo.
Nada é mais fulminante para a credibilidade do Judiciário do que a suspeita sobre a legitimidade de suas decisões – que, num estado de direito democrático, são soberanas e devem ser cumpridas por todos. Mas é preciso compreender que, apesar da vastidão das operações policiais, a Justiça brasileira é um poder íntegro e correto. É a sua banda podre e corrupta que está sendo exposta à luz do dia – e isso é altamente positivo. Tanto que as operações policiais aconteceram com o apoio decisivo da própria Justiça.
No caso da Operação Hurricane, por exemplo, tudo começou num incidente em Niterói no qual uma juíza autorizou a polícia a usar escutas telefônicas. Agora, o caso é conduzido pelo ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal, que tem trabalhado em sintonia com a Polícia Federal. “As operações cortam o Judiciário na própria carne”, afirma o juiz Rodrigo Collaço, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). “Mas considerar que o Judiciário, que tem 13.000 juízes, está podre por causa de meia dúzia de magistrados não condiz com a verdade.”
Fonte: http://www.original123.com.br/assessoria/2007/04/23/furacao-da-limpeza/
Uma bela história. Quase uma ficção.
ResponderExcluirNão sei se sorte ou azar, ousadia ou destino, mas que os fatos ajudam, não há como negar.
- Jogos Panamericanos no Rio, com o "choro da Jade Barbosa";
- Acidente com a Avião da TAM;
- Mensalão e Lava Jato;
- Julgamento de Lula e sua Prisão;
- Intervenção Federal do Rio;
- Greve dos Caminhoneiros e Problemas no Abastecimento;
- Copa do Mundo 2018;
- Eleições 2018...
"Deixa falarem... logo esquecem"
Sempre os Fatos... sempre eles..
Finalmente as informações faltantes que as autoridades vinham segurando. Agora não tem mais como fugir. O país vai mudar, o país quer mudar.
ResponderExcluirCaminho das Escutas encontradas, e escondidas/perdidas, no Inquérito Policial nª 2424/STF (sob sigilo de 2007 até 2017, retornando ao Paraná só em 2018, mais uma vez abafado pelo maior interessado no esclarecimento).
STF 2006 (com sigilo) - Inquérito Polícia Federal nº 2424STF (encontro fortuito de provas Paraná);
TJPR 2007 (com sigilo) – Sindicância n.º 2007.0080964-3/0 e PAD nº 2007.80964-4/1
MPPR 2007 (com sigilo) – Procedimento Administrativo nº 9236/2007 (arquivado por falta das gravações e do Acórdão Administrativo em PAD do TJPR.
STF 2008 (com sigilo) - APn 552 (ofício TJPR – solicitando escutas Paraná);
CNJ 2010 (com sigilo) - PAD 0001533-77.2007.2.00.0000 109ª Sessão Ordinária (cópia integral das escutas do INQ2424DF);
STJ 2012 (com sigilo) - APn 697 RJ e APn 837 DF (provas Paraná);
JFRJ 2017 (sem sigilo) - 6ª VF 0504550-16.2017.4.02.5101 (provas Paraná);
6ª VF 0504548-46.2017.4.02.5101 (provas Paraná);
6ª VF 0504549-31.2017.4.02.5101;
1ª VF 0035006-79.2012.4.02.5101;
1ªVF 0503067-48.2017.4.02.5101;
MPPR 2018 - Notícia de Fato/Inquérito Civil/Peças de Informação desarquivadas/levantamento sigilo provas JFRJ - MPPR-0046.18.030343-3 (provas Paraná na íntegra);
PGJ/MPPR (com sigilo) 2018* - MPPR-0046.18.053327-8 (*pendente confirmação)
TRF2 2018 (HC) - HC 0006158-49.2018.4.02.0000.
STJ 2018 (5ª Turma - autuado em 25/06/2018; afastando Ministro Félix Fischer da Relatoria) - HC 0153984-20.2018.3.00.0000;
STJ 2018 (5ª Turma – autuado em 04/09/2018; com novo relator, após concretizar o afastamento do Ministro Fischer, evitando assim entendimento firmado no HC de Virgílio Medina, em 2017) - Novo HC 0230843-77.2018.3.00.0000.
"A moral é o cerne da Pátria. A corrupção é o cupim da República. República suja pela corrupção
impune tomba nas mãos de demagogos, que, a pretexto de salvá-la, a tiranizam. Não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública." (Retirado do Discurso proferido na sessão de 5 de outubro de 1988, publicado no DANC de 5 de outubro de 1988, p. 14380-14382. por Ulysses Guimarães)
retirado de: http://www.hlucas.com.br/blog/2018/05/02/o-caso-do-juiz-do-parana-que-virou-auxiliar-no-stj/